domingo, 26 de julho de 2009

Untitled capitulo2.3

UNTITLED

(isso é o que se põe quando não se tem um titulo, rs)

Cap O2.3 # Memories – carona

Estava eu lá, levantando do sofá e bocejando. Droga! Só agora, depois de beber meu café alucinógeno, minha diretora avisa que tenho coletiva amanhã. “para apresentar o Rob” foi o que ela disse.
Por um segundo girei meu rosto e encarei Robert com raiva. Culpa DELE eu ter que dormir só as 4h da manhã.
Mas logo mudei a expressão. Por mais que ele fosse culpado... Bom, ele não sabia que era... Culpado eu quero dizer; não sabia que era culpado.
Porém não pude evitar responder-lhe secamente a uma pergunta, a qual nem sequer ouvi direito; largando uma resposta evasiva e grossa, dei de ombros.
- Bom meus meninos, para a cama Já!
Concordei com um meneio de cabeça, agradecida, e fui em direção à porta, já abrindo-a.
- Tchau, Catherine.
- Tchau, Bells. – E riu.
KRISTEN! Meu nome é Kristen! Será que é tão difícil? KRIS/
- Hei! Kristen!
Virei e deparei com Edw... Robert me encarando.
- Diga.
- ótima atriz você.
Ele fez mesmo isso? Ele fez o que acho que fez? Ele piscou? Que cara doido! Será que tem problemas oculares (tipo o olho dele não ser úmido o suficiente) ou ele realmente piscou pra mim?
Bom, nem queria saber. Chega de cantadas por hoje.
Acenei com a cabeça, agradecendo, e segui até o elevador.
Antes das portas deste se fecharem, vi Catherine parada na porta de seu ‘loft’, chamando por Robert novamente.
- óho! Encontrou um xodó! – resmunguei baixo.
Ouvi o típico ‘PIM’* do elevador e saí, passando rápido pelo saguão.
- Tchau... Er... – eu falava e continuava andando, mas parei e virei-me para a recepção.
- como é seu nome mesmo? – sorri, sem graça.
- ... Edson! Meu nome é Edson. – mostrou os dentes, numa espécie de sorriso embasbacado que nem aqui nem na China eu chamaria de SORRISO. Não depois de ver o de Robert.
Bom, legal, agora sabia o nome do cara que sempre me ajudava aqui na portaria.
- ok Edson, boa noite.
E dizendo isso, saí portão a fora.
Mas estaquei quando vi a escuridão e o silêncio.
Essa cidade não era muito legal a estas horas. Descobri ali, naquele momento, que se tornava mais fria do que normalmente era. MALDITA OREGON.
Era quase 4h da manhã e eu estava sem meio de transporte. Ótimo! Realmente ÓTIMO!
Vi que havia um táxi mais adiante e dirigi-me até o local, sorrindo.
Mas, quando toquei o vidro com os nós dos dedos e este foi abaixado, me arrependi amargamente.
Droga!
- droga dupla! – sussurrei. TUDO parecia estar contra mim!
- e aí lindinha? – sorriu. – já acabou aqui? Quer sair agora? O convite ainda está de pé.
E piscou. Mas não do jeito que aquele outro, o Robert, havia piscado. Ele piscou com malicia. ECA!
Acho que ele pensa que este sorriso é bonito... Acho que REALMENTE pensa que isto é um sorriso!
O ignorei, saindo da janela e cruzando os braços.
Estava ficando frio e eu sentia isso, mesmo tendo reposto e fechado meu casaco após gravar a minicena-teste.
Olhei para o céu. Nenhuma estrela. Já devia estar acostumada, ali era sempre assim.
Não que em “Hollywood” pudéssemos enxergar estrelas... Pelo menos não as de verdade...
Mas HAVIA luz lá. Aqui nem isso. Só a pouca iluminação dos postes (quando funcionavam!).
Ouvi um barulho de motor e reparei que o homem do táxi o estava ligando.
- hey linda, vem cá, eu te levo para casa.
Mas pelo seu tom, eu estava segura que ele faria TUDO, menos isso.
- Não, obrigada.
- Você está com frio! Venha que eu te levo!
Ele já estava saindo do táxi e indo até onde eu estava.
Agora isso estava me dando medo. O que será que ele tentaria, afinal? Prefiro não saber. Quantos casos de seqüestro de atrizes existem? Muitos.
Maldita hora que resolvi não alugar nem comprar um carro para andar por aqui!
Olhei para o seu rosto e vi que ele sorria. Asco!
- vem. Eu te levo... Agente pode parar ali naquele barzinho que tem na próxima esquina e dar uma conversada antes.
E piscou... De novo.
Será que ele não tinha noção de que fazer isso muitas vezes era totalmente idiota?
Acho que esse cara morrerá virgem, no mínimo!
- não, obrigada!
Ele chegou mais perto, estava a meio metro de mim.
- você está realmente com frio aí, toda encolhida! Não se faça de difícil! Depois te levo para casa, prometo!
- er, não. Estou esperando quem vai me levar.
Ele riu.
- você chegou comigo... Como agora vai ir com outro? Sei que não tem ninguém pra te levar, boneca.
- tem sim!
- quem? Namorado? – e riu. – o galhudo?
Revirei os olhos. POR QUE todo mundo pensa que eu traio o Michael?
- pare de chamá-lo assim! Você nem o conhece!
- por isso mesmo... E prefiro não conhecer. E aí, vamos?
Esticou o braço e tocou os dedos no meu pulso.
- não!
- vamos lá, você vai gostar de se distrair!
- não, eu já disse...
- ah gatinha...
Mordi o lábio inferior. Isto já estava me deixando nervosa.
Quando ia começar a falar mais uma desculpa e pensar em sumir dali, ouvi um som às minhas costas.
- pode deixar, ela vai comigo.
Suspirei. Conhecia aquela voz. Não muito bem, mas acho que sabia de quem era. Menos mal.
- eu disse que estava esperando alguém! - Falei, já virando e me deparando com Robert, sorrindo e com os braços cruzados. Ele parecia estar achando graça da situação. Ugh!
- o galhudo então? – o motorista riu.
Robert ergueu uma sobrancelha e enrugou a testa, confuso.
- pare de chamar o Mic... Meu namorado de galhudo! Vamos.
E dizendo isso, puxei o braço de Robert, tentando fugir daquele cara que me dava medo.
Depois de estarmos uns 20m longe, suspirei.
- nem vou perguntar o que foi aquilo. – riu.
- obrigada. – agradeci meio constrangida.
- oh, ok, de nada. Quer carona?
Sim, sim! Eu queria! Mas...
- bom, não sei...
- Quer sim. Sei que deve estar morrendo de frio, apenas com aquele pedaço de pano por baixo disso.
E indicou meu casaco com os olhos.
- hey! Aquilo é meu pijama!
- eu sei.
- então? – revirei os olhos.
- é curto? – ele me imitou, revirando os olhos e rindo.
- hm, eu uso para dormir. Grande coisa.
Ele continuou rindo e me guiou até o seu carro.
Eu ri alto, sem me conter.
- posso saber o motivo de tanta graça? – falou, e imagino que ele já devia ter imaginado.
- um volvo prateado, então?
- é, um volvo prateado.
Sorrimos e ele abriu a porta para mim, fechando-a depois que entrei.
Por um minúsculo momento, fiquei esperando ele aparecer em meu lado antes mesmo da porta fechar-se, como Edward.
Mas obviamente isto não aconteceu.

*’Pim’ – eu sou péssima em onomatopéias, ok?

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